domingo, 11 de novembro de 2012

Charles Hermite
Matemático e professor francês nascido em Dieuze, Lorraine, autor do importante teorema de Hermite sobre o número "e" mostrando sua transcendência, mas cujo principal feito foi solucionar as equações de quinto grau a partir das equações elípticas, ou seja, um trabalho na teoria de funções incluindo a aplicação de funções elípticas para prover a primeira solução para equação geral do quinto grau. Sexto filho do comerciante de tecidos Ferdinand Hermite e da empresária Madeleine Lallemand de família de sete irmãos, tinha um defeito de nascença que o obrigou a usar uma bengala por toda a vida, embora isto não tenha sido motivo para complexos. Aos seis anos a família mudou-se para Nancy onde foi internado em um Liceu e completou sua educação básica em Paris, no Liceu Henri IV. Aos dezoito anos foi para o famoso Louis-le-Grand onde demonstrou particular interesse por física. A partir do momento que conheceu os estudantes editores da revista Nouvelles Annales de Mathematiques (1842), passou a interessa-se mais profundamente por matemática e neste periódico fez suas primeiras publicações. Entrou para a Escola Politécnica (1842), mas foi dispensado um ano depois por causa de seu defeito físico. Porém este curto período nesta escola, foi suficiente para se tornar conhecido no mundo matemático, passando a ser respeitado pelos grandes matemáticos da Europa, especialmente Joseph Liouville (1809-1882), Carl Jacobi (1804-1851), Jacques Sturm (1803-1855), Joseph Bertrand (1822-1900) e Augustin Cauchy (1789-1857), entre outros, e por ironia do destino sua primeira função acadêmica foi a de examinador para admissão à Politécnica (1846). Alguns meses mais tarde ele foi designado quiz máster nesta mesma instituição. Ele agora estava seguro no nicho de onde nenhum examinador podia tira-lo. Para alcançar este patamar, cumprindo a exigência do sistema oficial, ele sacrificara quase cinco anos, do que seria seu mais inventivo período. Agora ele poderia tornar-se um grande matemático. De 1840 a 1842 ele substituiu Libri no College de France. Seis anos mais tarde, com apenas trinta e quatro anos, foi eleito membro da Academia de Ciências. Com reputação internacional como um matemático criativo, principalmente em funções abelianas e teoria dos números, converteu-se ao catolicismo e casou (1856) com Louise, irmã de Bertrand. Foi nomeado professor da Escola Normal (1869) e professor da Sorbonne (1870), onde permaneceu até sua aposentadoria (1890). Foi professor de uma brilhante geração de matemáticos franceses, entre os quais Émile Picard, Gaston Darboux, Paul Appell, Émile Borel, Paul Painlevé e Henri Poincaré, além de contemporâneos em outros países. Morreu em Paris e, embora tenha provado ser um matemático criativo desde os 20 anos, ficou conhecido por sua dificuldade em passar nos exames formais.

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