Charles
Hermite
Matemático e professor francês nascido em Dieuze, Lorraine,
autor do importante teorema de Hermite sobre o número "e"
mostrando sua transcendência, mas cujo principal feito foi solucionar
as equações de quinto grau a partir das equações
elípticas, ou seja, um trabalho na teoria de funções
incluindo a aplicação de funções elípticas
para prover a primeira solução para equação
geral do quinto grau. Sexto filho do comerciante de tecidos Ferdinand
Hermite e da empresária Madeleine Lallemand de família
de sete irmãos, tinha um defeito de nascença que o obrigou
a usar uma bengala por toda a vida, embora isto não tenha sido motivo
para complexos. Aos seis anos a família mudou-se para Nancy onde
foi internado em um Liceu e completou sua educação básica
em Paris, no Liceu Henri IV. Aos dezoito anos foi para o famoso Louis-le-Grand
onde demonstrou particular interesse por física. A partir do momento
que conheceu os estudantes editores da revista Nouvelles Annales de
Mathematiques (1842), passou a interessa-se mais profundamente por
matemática e neste periódico fez suas primeiras publicações.
Entrou para a Escola Politécnica (1842), mas foi dispensado um ano
depois por causa de seu defeito físico. Porém este curto
período nesta escola, foi suficiente para se tornar conhecido no
mundo matemático, passando a ser respeitado pelos grandes matemáticos
da Europa, especialmente Joseph Liouville (1809-1882), Carl Jacobi
(1804-1851), Jacques Sturm (1803-1855), Joseph Bertrand
(1822-1900) e
Augustin Cauchy (1789-1857), entre outros,
e por ironia do destino sua primeira função acadêmica
foi a de examinador para admissão à Politécnica (1846).
Alguns meses mais tarde ele foi designado quiz máster nesta
mesma instituição. Ele agora estava seguro no nicho de onde
nenhum examinador podia tira-lo. Para alcançar este patamar, cumprindo
a exigência do sistema oficial, ele sacrificara quase cinco anos,
do que seria seu mais inventivo período. Agora ele poderia tornar-se
um grande matemático. De 1840 a 1842 ele substituiu Libri no College
de France. Seis anos mais tarde, com apenas trinta e quatro anos, foi eleito
membro da Academia de Ciências. Com reputação internacional
como um matemático criativo, principalmente em funções
abelianas e teoria dos números, converteu-se ao catolicismo
e casou (1856) com Louise, irmã de Bertrand. Foi nomeado
professor da Escola Normal (1869) e professor da Sorbonne (1870), onde
permaneceu até sua aposentadoria (1890). Foi professor de uma brilhante
geração de matemáticos franceses, entre os quais Émile
Picard, Gaston Darboux, Paul Appell, Émile
Borel, Paul Painlevé e Henri Poincaré,
além de contemporâneos em outros países. Morreu em
Paris e, embora tenha provado ser um matemático criativo desde os
20 anos, ficou conhecido por sua dificuldade em passar nos exames formais.
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